quinta-feira, 14 de julho de 2011

Budismo e Skate

Há tempos que estava pensado em escrever sobre a relação entre Budismo e Skate, principalmente pelo fato de para se andar bem é necessário se viver no Aqui e Agora - sempre!
Comecei a rabiscar algumas coisas... mas acabei deixando de lado e perdendo as anotações. Aí vem o Rennê e manda essa no site da Pense Skate - muito bem mandada por sinal!!! Esse é o meu Shakubuku!!!



"A sabedoria de cair e levantar

Há algum tempo venho refletindo sobre a similaridade entre os ensinamentos que o skate e a prática budista possuem em comum.

 Mais do que cair e levantar, no skate você aprende a tentar. E tentar faz toda a diferença. Tentando você pratica o exercício da determinação, da auto-confiança, da coragem.


Praticando budismo você começa a perceber que tudo depende, acima de tudo, de você. A derrota está na sua mente, assim como a vitória. É você quem cria. 


No skate a gente logo percebe que errar faz parte do jogo e somente assim, se arriscando, que você evolui e aprende novas manobras. 


No budismo, da mesma forma, você começa a entender que os obstáculos da vida estão ali justamente para que você possa saber usá-los e retirar o melhor proveito deles, tornando-se assim uma pessoa melhor no universo.


No skate não adianta você ver revistas e vídeos se não for para a pista andar, praticar.


No budismo, a prática, junto com a fé o estudo formam um tripé fundamental.


No skate, você deve estar sempre de bem com a vida, tranquilo, com a cabeça desencanada para poder aproveitar a sessão e tudo que ela tem a te oferecer.


Com a prática budista você percebe o quanto você é capaz de influenciar o ambiente e as circunstâncias em que se encontra e por isso é fundamental cuidar da sua mente e de suas ações no dia-a-dia.


No skate, quantas vezes você sai pra dar um rolé despretensioso, sozinho e aquilo acaba se tornando um dia divertidamente inesquecível na companhia de amigos.


Na visão budista, nada acontece por acaso. Mais do que isso, você começa a entender que a sua relação cármica com as pessoas e os ambientes existem há unidades de tempo pouco mensuráveis e isso faz toda diferença na sua vida.


Na sessão de skate, pouco se quer saber onde o brother mora, sem tem dinheiro, se anda bem ou mal, trabalha, usa drogas, mora na sul ou na norte, tem patrocínio ou é crente. Todo mundo anda junto e misturado e essa diversidade gera uma química muito forte.


No budismo, todos possuem o Estado de Buda. Sem exceção. Todos tem as mesmas condições de alcançar esse estado supremo de vida e por isso há um repeito e consideração enorme pelo outro, gerando relações muito mais humanas.


No skate, você jamais esquecerá a primeira vez em que subiu em cima de um e provavelmente o amigo que te apresentou se tornará uma pessoa sempre lembrada, pra sempre.



No budismo você também acaba tendo uma profunda gratidão a pessoa que te apresentou a Lei Mística e certamente também vai lembrar dela e considerá-la pelo resto da vida.


Tenho a impressão de que se não fosse 3h40 da manhã e amanhã não houvessem tantos compromissos eu poderia ficar aqui mais um pouco só provocando relações entre a prática budista e a prática do skate.
O mais importante foi perceber o quanto ainda tenho a aprender com essas duas filosofias de vida."
Rennê Nunes
Publicado no site Pense Skate

domingo, 10 de julho de 2011

Determinação


Hoje um texto que que retirei no Facebook da Paula Zajdenverg pois achei sensacional e muito revelador sobre a nossa prática diária.



"Nichiren Daishonin afirma que:
A determinação, ou itinen, é algo que não pode faltar pois é o que possibilita a transformação de toda as circunstâncias a nossa volta.
Uma firme oração com a decisão de vencer qualquer obstáculo já é um grande passo para a vitória.
A sinceridade e a seriedade também são fundamentais.
As verdadeiras intenções, o que está no coração é o que direciona nossa mente e isso reflete em nossa vida como um todo.
Com que postura recitamos o Gongyo?
Será que o fazemos com o sentimento de estarmos participando de uma importante cerimônia diante do Buda Original?
Será que proferimos cada uma das palavras corretamente ou “fazemos de conta” que estamos realizando o Gongyo?
Como é o nosso Daimoku?
Será que realmente recitamos o “Nam myoho renge kyo”, como aprendemos ao iniciarmos a pratica ou é só “algo” parecido com isso?
O que se passa em nossa mente quando oramos?
Todas as contas para pagar, o barulho da televisão, a poeira sobre os móveis, a posição das velas, ou realmente conseguiu ver a sua vida refletida no Gohonzon?
Com os ombros curvos e as mãos caídas, balançando as pernas, ou sentamo nos eretos, com as mãos firmemente unidas e olhando diretamente ao Gohonzon?
E o que enxergamos diante de nós?
Um simples pedaço de papel escrito ou significado de nossa existência e a nossa missão como Bodhisattvas da Terra?"
Fonte - Paula Zajdenverg, membro da BSGI