quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Qual a língua que recitamos o Gongyo?

Essa é uma dúvida comum a todos que se deparam pelas primeiras vezes com a recitação do Gongyo.
Recentemente entrei em contato com o DEB através do Sr Paulo Kyoshi Endo a fim de obter maior esclarecimento sobre essa questão - a língua que recitamos o Gongyo:

"Ao DEB:/Sr Paulo Endo.
(…)
O motivo para o meu contato desta vez é uma dúvida em relação ao Gongyo. 
Pelo que li, o Gongyo (hoje em dia) é formado por duas partes do Sutra de Lótus,  Hoben (meios) - o início da parte em prosa do 2º capítulo, e Juryo (revelação da vida eterna do buda) - o último trecho do 16º capítulo, em verso.
(…)
A dúvida é, o Myoho-renge-kyo é a tradução do sânscrito Saddharma Pundarika Sutra, 
que é o título do Sutra de lótus traduzido para o Chinês por Kumarajiva no ano de 406, correto?
Não seria chinês a língua em que recitamos o Gongyo?
(…)
Tenho um livreto com o Gongyo onde tem 3 séries de caracteres,
o de baixo é como pronunciamos, os 2 de cima seriam  japonês e chinês?"

Segue a pronta resposta elucidativa do Sr Paulo Endo, a quem agradeço mais uma vez atenção.

"Olá, boa noite.

Nós recitamos o Gongyo, lendo os ideogramas chinês (traduzidos por Kumarajiva a partir do sânscrito) em japonês. Como o japonês é originado do chinês, os seus ideogramas são originalmente os mesmos. Porém, o fonema da leitura dos ideogramas é diferente no japonês e no chinês. No livro do Gongyo que você menciona, a linha principal no meio são os ideogramas chinês. Na linha logo acima está descrita a forma de leitura destes ideogramas em japonês; e na linha inferior está descrita esta mesma forma de leitura em alfabeto português.

Os ideogramas chinês do Gongyo, se lidos por um chinês, os fonemas seriam outros (o próprio Myoho renge kyo seria diferente), mas ao recitarem o Gongyo, eles o fariam exatamente da mesma forma que nós o fazemos. Portanto, em qualquer idioma, o Gongyo é recitado exatamente da mesma forma.

Att

Paulo K. Endo"

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Gongyo em Português - 2.0.1

Essa é a versão 2.0.1 da gravação que fiz com o Bruno Padillha em 2009 com a tradução do Gongyo em português. Dessa vez adicionei os sinos no começo, meio e fim, troquei a música de fundo e criei um vídeo com imagens de flores de lótus, onde coloquei a legenda da narração do texto.




Esse trabalho já foi usado por outras pessoas que, em cima do áudio original que gravamos, criaram suas versões e que compartilharam com o mundo.

Se preferir Youtube o link é: http://youtu.be/uMO3ZJB9k4Q

Se gostou dessa versão, por favor compartilhe com os amigos e conhecidos!

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Canecas

Olá pessoal! Estou colocando algumas artes que faço em canecas. Comecei com as Cexa's Insta Pics e agora decidi abrir o leque incluindo o Budismo de Nichiren Daishonin lançando 3 modelos.Infelizmente, a taxa de importação subiu muito, tornando o preço final inviável.


ESGOTADO










sábado, 5 de outubro de 2013

Daimoku é um tipo de meditação?

Como descrito no início do capítulo “Hoben”, do Sutra de Lótus, que recitamos todos os dias no Gongyo, Shakyamuni levanta-se serenamente de sua profunda meditação (samadhi) e começa a expor o ensinamento do Sutra.
Essa meditação consiste em concentrar a mente num único ponto para atingir uma condição de vida inabalável e nítida como um espelho, isto é, Shakyamuni entra em samadhi, ou meditação concentrada.
Mas isso não significa que, nos Últimos Dias da Lei (período atual), as pessoas devam se isolar nas montanhas e florestas e praticar a meditação ou contemplação sentadas.

Nitiren Daishonin, que lutou em meio ao povo para possibilitar que todas as pessoas atingissem a suprema iluminação, rejeita essas práticas como não condizentes com a época atual.




Hoje, a meditação concentrada (samadhi) corresponde à recitação do Gongyo e do Daimoku.
Não realizamos essa prática de meditação concentrada (samandhi) retirados nas montanhas e florestas, longe da sociedade.
Em vez disso, tendo como base a prática diária do Gongyo e do Daimoku, polimos nossa vida a cada dia, evidenciamos infinita sabedoria e coragem e atuamos na sociedade. Esta é a disciplina que estamos pondo em prática.

No livro Preleção dos Capítulos Hoben e Juryo, o presidente Ikeda explica: “A contemplação pela contemplação ou a meditação pela meditação não fazem sentido algum.
No Sutra Vimalakirti, Shakyamuni explana claramente que a verdadeira meditação não se refere a uma contemplação solitária debaixo de uma árvore, mas sim ao desempenho de um papel ativo na sociedade ostentando a verdade”.

E continua, citando um episódio da vida Gandhi, que se devotou à ação e à prática em meio às pessoas: “Afirma-se que Mahatma Gandhi respondeu a uma pessoa que insistia em levá-lo a uma vida de meditação: ‘Não tenho necessidade de me retirar em uma caverna para esse propósito. Carrego sempre a caverna comigo aonde quer que vá’”.


O Budismo não é uma religião que fecha os olhos para o sofrimento das pessoas, mas um ensinamento que abre os olhos delas. Portanto, o Budismo é o caminho que possibilita a todos tornarem-se felizes. Ficar em profunda meditação, desviar os olhos das contradições da sociedade e dos pensamentos seculares não é a verdadeira prática budista.
O verdadeiro espírito de meditação reside na manifestação de nossa sabedoria inata na sociedade e na luta resoluta por nossa felicidade e pela felicidade de outras pessoas, bem como para construir uma sociedade próspera.
Nitiren Daishonin levantou-se em prol da humanidade e revelou a Lei fundamental do universo — o Nam-myoho-renge-kyo — para que as pessoas pudessem praticá-la. Ele não passava seu tempo sentado em meditação concentrada. Ao contrário, enquanto se empenhava numa luta de vida ou morte contra os Três Poderosos Inimigos, dedicava-se de corpo e alma para escrever cartas e tratados a seus seguidores e para assegurar o eterno fluxo do Kossen-rufu, propagando essa Lei pela felicidade de todas as pessoas e para o bem da humanidade.
A ação de recitar o Gongyo e o Daimoku faz com que nossa vida brilhe com suprema sabedoria e avance ao longo do caminho de genuína vitória, partindo a cada dia do ponto primordial da vida para uma vigorosa jornada. “Dessa forma, estejam certos de que os membros da SGI, que oram com determinação de que ‘Lutarei hoje também’, ‘Farei o melhor amanhã também’, estão praticando a frase ‘levantou-se serenamente de sua meditação’ a cada manhã e noite”.

Fonte: Preleção dos Capítulos Hoben e Juryo, p. 53-55.