sábado, 20 de agosto de 2016

Dez Fatores da Vida (junyoze) - por quê recitar 3 vezes?


Quando recitamos o Gongyo, repetimos três vezes o trecho final do capítulo Hoben — “Sho-i-sho-ho. Nyo-ze-so. Nyo-ze-sho... Nyo-ze-hon-ma-ku-kyo-to” —, por quê?
A recitação por três vezes do trecho final do capítulo Hoben é associado a dois importantes princípios budistas: Três Verdades e Três Propriedades Iluminadas do Buda.

Nesse trecho, o Buda Sakyamuni expõe “a essência real de todos os fenômenos” e os “Dez Fatores da Vida” (junyoze). Podemos dizer que essa é a parte mais importante do capítulo Hoben (Meios) do Sutra do Lótus, e explica que todos os fenômenos e toda a vida existente no Universo manifestam os Dez Fatores, que são: 1) Aparência (Nyo-ze-so), 2) Natureza (Nyo-ze-sho), 3) Entidade (Nyo-ze-tai), 4) Poder (Nyo-ze-riki), 5) Influência (Nyo-ze-sa), 6) Causa interna (Nyo-ze-in), 7) Relação (Nyo-ze-en), 8) Efeito latente (Nyo-ze-ka), 9) Efeito manifesto (Nyo-ze-ho) e 10) Consistência do início ao fim (Nyo-ze-hon-ma-ku-kyo-to).

O fato de recitarmos três vezes está baseado em uma declaração do Buda Original na escritura “A Doutrina de Itinen Sanzen”, conforme explana o presidente Ikeda na Preleção dos Capítulos Hoben e Juryo - PHJ - (pág. 129). Ler os Dez Fatores três vezes significa manifestar as três verdades da não-substancialidade, da existência temporária e do Caminho Médio em nossa vida. 
Significa também manifestar as três propriedades iluminadas do Buda, isto é, a propriedade da Lei, da Sabedoria e da Benevolência. 
Além disso, Nichiren Daishonin declarou: “Há maior benefício em ler três vezes (essa passagem).” 
O presidente Ikeda complementa então na Preleção: “Em síntese, lemos o trecho três vezes para proclamar que nossa vida é a de um nobre Buda e para aumentar os benefícios da fé.”
Brasil Seikyo, Edição 1711, 16/08/2003



Por outro lado temos o principio dos Três mundos ( ou Três Domínios da existência, ou Três Princípios de Individualização da Vida ) foi publicado na coluna BVD do Brasil Seikyo, Edição 1726, 06/12/2003 - "Três mil mundos num único momento da vida (itinen sanzen)” conforme reproduzido a seguir:

Quais são os Três Princípios de Individualização da Vida? 
Os Três Princípios de Individualização da Vida, ou Três Domínios da Existência, são:
1) Domínio dos cinco componentes da vida: 
· Forma: Indica o aspecto da vida, que possui atributos como forma e cor. Inclui também os órgãos dos cinco sentidos — visão, olfato, audição, paladar e tato — pelos quais percebemos o mundo exterior.
· Percepção: É a função de receber as informações externas pelos seis órgãos sensoriais — os cinco sentidos e a mente, que integram as impressões sensoriais. 
· Concepção: Essa é a função pela qual a vida compreende e elabora idéias sobre aquilo que foi percebido. 
· Volição: Significa a vontade de agir com relação àquilo que foi percebido e sobre o qual foi concebida uma idéia.
· Consciência: Essa é a função da vida de discernir fazendo avaliação, distinguir o bem do mal etc. Ao mesmo tempo, ela age para apoiar e integrar as demais quatro funções.
2) Domínio dos seres vivos ou ambiente social: Indica uma verdade comum de que vivemos nossa vida conjuntamente com outras pessoas, por exemplo nossa família.
3) Domínio do ambiente ou ambiente natural: Significa o lugar onde os seres vivos habitam (o espaço) e do qual dependem para resolver suas atividades vitais.
Os Três Domínios da Existência não devem ser vistos de uma forma isolada entre si, mas de forma integrada, os quais manifestam qualquer um dos Dez Mundos.
Agradecimento especial ao Sr. Paulo Endo e Sr. Yoshinori Kanno do DEB (Departamento de Estudo do Budismo) da BSGI.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Beth Faria

Posto aqui um trecho da entrevista da Marília Gabriela com a Beth Faria, onde ela fala sobre o Budismo Nichiren. Vale a pena assistir!