domingo, 28 de junho de 2009

Sobre os nossos objetivos

"Um estudante admitiu não saber ao certo orar ao Gohonzon; ele queria saber se deveria orar por apenas um objetivo de cada vez – esperando que essa oração fosse respondida antes de passar para o próximo – ou se é correto orar por vários objetivos ao mesmo tempo. 


Podemos orar para conseguir quantos objetivos quisermos. Uma pessoa que possui muitos sonhos e desejos deve orar para conseguir quantos objetivos quiser. Uma pessoa que possui muitos sonhos e desejos deve orar sinceramente para concretizar cada um deles. O budismo é razão."

Fonte - Texto cedido por Doralice e Paulo, Bloco Lagoa Mar, da BSGI

Índice Alfabético das Matérias




Quanto mais aumenta o volume de informação, mais demoramos a encontrar o que procuramos. Assim sendo, para facilitar a localização, reuni pelo títulos dos posts todas as matérias do Buda Na Web em ordem alfabética.

3000 mundos

7.5 Hz - A Frequência do Universo
7.5Hz - Parte 2
7.5Hz - Parte 3
7.5Hz - Parte 4
7.5Hz - Parte 5
7.5Hz - Parte 6
7.5Hz - Parte 7 - Final
100 dias de Gongyo - novo gráfico
100 dias de Gongyo
Budismo e Cristianismo Estado de Alegria
Estado de Animalidade
Estado de Bodhisattva
Estado de Buda
Estado de Fome
Estado de Inferno
Estado de Ira



sábado, 20 de junho de 2009

A Visão Budista Sobre a Morte

"O temor que as pessoas sentem em relação à morte deve-se em grande parte ao que a mídia e a própria cultura ocidental nos transmitem desde pequenos. A idéia de morte que nos é passada geralmente está vinculada à escuridão, à tristeza e a ambientes fantasmagóricos e acabamos por associá-la sempre a imagens negativas, ruins e ao fim de tudo. O Budismo de Nichiren  Daishonin é maravilhoso, pois enfoca a morte como um dos aspectos da vida. Não há por que temê-la. O Presidente Ikeda, por exemplo, faz um paralelo entre a morte e o sono. Assim como nosso descanso noturno é necessário para acordamos bem dispostos na manhã seguinte, a morte representa um estado latente durante o qual as energias são recarregadas para o renascimento ou uma nova vida. Segundo o budismo, a vida é eterna. Ela não acaba com a morte.

Nas escrituras de Nichiren Daishonin consta uma passagem que fala que, no momento da morte, mil budas surgirão diante de nós e estenderão suas mãos para conduzir-nos, e o presidente Ikeda diz que esses budas, na realidade, correspondem às pessoas que estão orando nesse momento crucial da nossa vida. É nesse momento que perceberemos quantas pessoas ajudamos a salvar ou a encontrar o caminho da felicidade.
Segundo o budismo, a condição de vida dos familiares e das pessoas próximas que estão vivas é exatamente o estado em que o falecido se encontra. Se a família está angustiada, a condição do falecido se encontra da mesma maneira.
A visão budista da eternidade da vida e do carma é muito mais racional e aceitável do que a idéia de que existe um ser superior controlando o destino de cada um na face da Terra e que todos os acontecimentos são de vontade divina. O que somos e a vida que temos hoje são efeitos de causas cometidas nesta existência e nas anteriores. Se passamos por sofrimentos é porque temos “dívidas” a pagar. Como todos sabem, se temos dívidas, enquanto não as pagamos totalmente, os cobradores continuarão a nos enviar as contas e a nos perseguir. Após passarmos pelo estágio de vida latente, que é a morte, renascemos ou iniciamos uma nova vida a partir daquele ponto em que paramos na existência anterior. Como exemplo é como fumar um cigarro. Não é porque o reacendemos que ele voltará ao tamanho normal. Ele continuará a queimar de onde parou. Então não adianta lamentarmos dizendo que nunca fizemos mal a ninguém, que não merecemos essa vida de sofrimentos. 



Embora muitos relutem em aceitar, é assim que a vida é feita. A vida é resultado das ações que praticamos durante todas as existências. O que é fantástico no budismo é que podemos amenizar os efeitos e até mesmo mudar o rumo de nossa vida por meio da recitação do Nam-myoho-renge-kyo e de nossa dedicação em prol das pessoas e do Kossen-rufu. Podemos direcionar nossa vida para um futuro de felicidade, independente do que possamos ter feito no passado. O que determina o futuro é o que faremos neste exato momento.
O budismo esclarece que o carma é formado por nossos pensamentos, nossas palavras e nossas ações, desta e de outras existências. Tudo o que ocorre em nossa vida são efeitos. Por exemplo, quando deparamos com a doença, a primeira reação que temos é combatê-la, mas ao refletirmos pelo ponto de vista budista, estamos apenas combatendo o efeito, e o efeito não se combate. Pela lógica, procuramos um médico. Contudo, há casos que os médicos não conseguem resolver e que aquele que recita o Nam-myoho-renge-kyo consegue. Porquê? Porque o Daimoku atinge diretamente a causa. Sim, exatamente. Ele age diretamente na causa. Numa orientação a respeito do Gongyo, o presidente Ikeda diz que quando a família continua uma prática consistente mesmo sofrendo a perda de um ente querido, todos os caracteres do Gongyo proferidos pelos familiares transformam-se em um só e posteriormente em um Buda que se desloca até o domínio onde a pessoa falecida se encontra e transmite a ela que foi enviado pelos familiares, e diz que isso automaticamente possibilita a sua iluminação. Para sermos felizes, precisamos nos desfazer de pensamentos negativistas e errôneos. As insatisfações, as lamentações só atrasam a nossa revolução humana. É por isso que Nichiren  Daishonin afirma que o que mais importa no budismo é o coração. A sinceridade e o espírito de gratidão sem dúvida são essenciais. Temos de criar uma tendência de vida sempre positiva e otimista. 


Esse é um ponto muito importante, pois o budismo explica que assim como cada um de nós possui os dez estados de vida, o Universo também os tem. Então quando falecemos, nossa vida funde-se exatamente com o estado do Universo referente à condição em que nos encontrávamos no momento da morte. Quem morre no estado de Inferno, funde-se com o estado de Inferno do Universo. Se a pessoa estava no estado de Alegria, funde-se com o estado de Alegria do Universo e assim por diante. É por isso que devemos sempre procurar mudar nossa tendência básica de vida e fazer sempre causas positivas dia a dia para mantermos um estado de vida elevado. O poder do Daimoku é imensurável, capaz de transformar até mesmo a vida de alguém que falece no estado de Inferno. O Daimoku que os familiares oram diariamente em memória dos falecidos contribui para isso. Entendemos que tudo depende da própria pessoa no tocante a como encarar a morte, mas para que possamos ter uma morte tranqüila e renascer logo, é importante que cumpramos em vida a promessa que fizemos de renascer neste mundo e conduzir as pessoas à felicidade, que é a ação do bodhisattva. Uma vida dedicada a esse propósito certamente atingirá a iluminação. É isso que o budismo ensina, que o mestre ensina e é esse o caminho que devemos seguir." 

Fonte T.C. nº 411, 412, e 413 seleção do texto Doralice e Paulo Bruno, 01/07/2003

terça-feira, 16 de junho de 2009

O que é Carma?



"Quando Shakyamuni Buda incorporou o antigo princípio indiano de carma em seus ensinamentos, ele transformou um conceito de resignação em um conceito de esperança—do ponto de vista que a vida é predeterminada e de que pessoas são impotentes, para um conceito de que a vida possui ilimitadas possibilidades e autonomia.

O conceito de carma existe em muitas culturas, especialmente por toda a Ásia, e é freqüentemente incompreendido. É quase sempre usado para convencer os des privilegiados da sociedade a aceitar suas situações desafortunadas na vida como sendo de sua própria criação. Ao aceitar seus destinos predeterminados, eles se resignarão às disparidades sociais.
Em sânscrito, carma significa “ato” or “ação.” Originalmente isto significa “trabalho” ou “função” e estava relacionado a palavras como “fazer” ou “produzir”. No budismo, carma refere-se às nossas ações, ou causas, criadas através de nossos pensamentos, palavras e comportamento.
As ações que praticamos causam um impacto maior em nosso carma do que as palavras e nossas palavras causam um impacto maior do que os pensamentos que criamos. Mas como nossas ações e que o que falamos revelam nossos pensamentos, nossas intenções - nossos corações - também são cruciais.
Com base na Lei de Causa e Efeito, este conceito de carma explica que as causas do passado e do presente determinam os eventos do presente e do futuro. Ele descreve as tendências latentes ou potenciais criadas pelas nossas ações do passado e que ressurgem quando as condições apropriadas aparecem. O carma pode ser tanto bom quanto ruim; boas ações (bom carma) criam efeitos felizes e positivos enquanto que ações ruins (mau carma) criam efeitos infelizes e negativos. Assim que executada por uma pessoa, qualquer ação, tanto boa quanto má, não irá simplesmente desaparecer. Cada ação permanence em nossa vida como uma força de energia em potencial, influenciando a direção que nossa vida irá tomar a partir daquele momento em diante. Neste sentido, ao invés de simplesmente enfocar o carma como uma "ação", seria mais apropriado pensar nele como uma ação acrescida de seu potencial, que pode vir a influenciar nossa vida. Simplificando, carma pode ser visto como as tendências e hábitos impressos na vida.
Se repetirmos um certo tipo de ação várias vezes, ela se tornará um hábito. E um hábito enraizado se transformará na tendência de agir, pensar ou reagir a desafios de uma maneira específica. Estas tendências acumulam-se e são impressas nos níveis mais profundos de nossa vida, conseqüentemente criando o que virá a se tornar a essência da nossa personalidade.
O ponto de vista budista em relação a carma ensina que nós somos os responsáveis pelo que somos e pelas circunstâncias atuais em que nos encontramos hoje.
As causas de vidas passadas criam as condições e circunstâncias de nossa existência atual.
Mas não termina por aí. Ao contrário da antiga visão india na de carma, o Sutra de Lótus de Shakyamuni ensina—e em última análise, a prática do budismo de Nichiren demonstra—que podemos nos libertar do confinamento de causas passadas. O Sutra de Lótus explica que já está presente dentro de nós a causa verdadeira ou original de nossa energia vital cósmica e pura, não corrompida pelas causas e efeitos influenciados pela ilusão.
O budismo Nichiren revela este estado de vida original como sendo a natureza de Buda de Nam-myoho-rengue-kyo. Trazendo a influência desta causa verdadeira por nós herdada para o momento presente, as influências de nossas causas e efeitos negativos são diminuídos e seu poder de influenciar o futuro é reduzido.
Em “Carta a Niike,” Nichiren Daishonin escreve, “Nossas ações mundanas más e nosso carma ruim podem ter se empilhado tão alto quanto o Monte Sumeru, mas quando depositamos nossa fé neste sutra, estes desaparecerão como a geada ou o orvalho sob o sol do Sutra do Lótus” (As Escrituras de Nichiren Daishonin, vol. 1, pág.1026).
Em outras palavras, somos capazes de modificar nosso carma negativo desafiando as dificuldades da vida através da fé e da prática budista, as quais estimulam o surgimento de nossa natureza de Buda. A medida que deixamos a luz do estado de Buda brilhar em nossa vida, os efeitos negativos que sofremos devido a causas passadas individuais, diminuirão significativamente.
“Além disso,” como explica o presidente Ikeda, da SGI, “não limitamos nosso foco apenas para o nosso carma pessoal. Uma vez que tenhamos nos libertado das correntes do carma, precisamos trabalhar com o objetivo de libertar outros que também estão sofrendo por causa do carma, e finalmente, devemos voltar nossa atenção à missão de mudar o carma de toda a humanidade. Este é o caminho para se atingir o estado de Buda para si mesmo e para outros” (O Mundo das Escrituras de Nichiren Daishonin,vol.
3, pág. 50)."
Fonte - Dave Baldschun, Departamento de Estudos da SGI-EUA.

terça-feira, 9 de junho de 2009

O ensino para se atingir o estado de Buda na presente forma


Há um tempo estava querendo colocar aqui no blog um texto sobre as diferenças do Budismo antes e depois do Sutra de Lótus, comparando a era de Sakyamuni com a de Daishonin (Primeiros Dias da Lei e Últimos Dias da Lei, respectivamente) e não por acaso achei uma matéria excelente no Jornal Brasil Seikyo de Abril de 2009, que reproduzo aqui.


"Os ensinos budistas pré-Sutra de Lótus pregavam que os seres vivos estavam agrilhoados ao sofrimento, como resultado das causas negativas criadas em existências passadas, e que só podiam mudar essa condição de escravidão depois de realizar incontáveis aeons de práticas budistas e de renascer no futuro num estado de vida mais elevado. Em contraste, Nichiren Daishonin ensina que uma mudança profunda e essencial em nossa atitude ou mentalidade pode mudar instantaneamente nossa vida, sem que tenhamos de mudar nossa identidade. Quando mudamos internamente, não somente nossa vida se transforma como também nosso ambiente. A “Lei do lótus” — a Lei Mística da simultaneidade de causa e efeito — permite-nos revelar nosso infinito potencial inerente e atingir um estado de completa liberdade que abarca o passado, o presente e o futuro, ou seja, as três existências da vida.
Há dois níveis do princípio de causalidade. Segundo a retribuição cármica simples, ou Causalidade Geral, cada um recebe efeitos positivos ou negativos conforme as ações praticadas. Boas causas conduzem à felicidade, alegria e tranquilidade, enquanto causas negativas resultam em sofrimento, dor e angústia. A causalidade geral do ciclo de transmigração ou renascimento — o ciclo de nascimento, velhice, doença e morte — é uma lei rigorosa da qual ninguém pode escapar. Essa causalidade ressalta que cada indivíduo é responsável pela própria vida. Nesse sentido, brinda uma sensação de independência e liberdade muito maior do que a simples noção de um indivíduo impotente, à mercê de um destino arbitrário ou sujeito à vontade divina de um ser absoluto e transcendental. Porém, faz com que as pessoas sintam-se oprimidas por terem de suportar o peso do carma acumulado ao longo de incontáveis existências.


O segundo nível vai além dessa ideia e revela um princípio de causalidade mais profundo, que rege todas as manifestações da vida. O budismo ensina que quando manifestamos o supremo estado de Buda inerente em nossa vida realizamos o bem mais elevado e, por esse motivo, podemos instantaneamente consolidar um estado de felicidade inabalável. Isto é, podemos manifestar o efeito ou o fruto da iluminação, revelando nossa natureza de Buda inata como seres dos nove mundos, sujeitos à causalidade dos três caminhos (desejos mundanos, carma e sofrimento). Esta é a causalidade da Lei Mística.
Esse nível mais profundo de causalidade exposto pelo budismo difere da lei comum de causa e efeito sujeita ao marco temporal, que conhecemos como causalidade geral. O que funciona nesse nível mais profundo é a simultaneidade de causa e efeito, segundo o qual, mediante a mudança em nossa mente ou coração, podemos manifestar, instantaneamente, nosso estado de Buda intrínseco, aqui e agora. Em termos práticos, esta verdade implica que quando mudamos fundamentalmente nossa atitude mental, podemos transformar instantaneamente nossa vida, nosso ambiente ou circunstâncias.
A Lei da Causalidade Geral continua sendo uma premissa básica do budismo, mas ela está incluída pelo que poderia ser chamado de “causalidade maior”. Esta última, mais abrangente, é a causalidade de atingir o estado de Buda expressa no sutra de Lótus e na Lei Mística."
Fonte: Jornal Brasil Seikyo de Abril de 2009

quinta-feira, 4 de junho de 2009

As 4 Virtudes


O significado das quatro virtudes, Eternidade, Felicidade, Verdadeira Identidade e Pureza, representam uma condição de felicidade indestrutível — as virtudes inerentes ao estado de Buda:
“Eternidade” significa que a natureza de Buda é eterna pelas três existências do passado, presente e futuro.
“Felicidade” significa a ausência de sofrimento e a presença de alegria e paz de espírito.
“Verdadeira identidade” indica um estado de vida de ilimitada liberdade que nada consegue destruir.
E "Pureza”, é estar totalmente limpo.

Texto cedido pelo Bloco da BSGI Parc des Prince, Barra