quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Vida e Morte


"A vida e a morte integram o ritmo intrínseco da Lei Mística. Myo representa a morte, e ho, a vida. Os seres vivos que passam por essas duas fases da vida e da morte são entidades dos Dez Mundos, ou entidades do Myoho-renge-kyo. Devemos compreender que os seres vivos e seu ambiente, juntamente com as causas e os efeitos que agem dentro de sua própria vida, todos constituem a Lei de renge (o lótus).
A frase “os seres vivos e seu ambiente” indica os fenômenos da vida e da morte. Então, fica claro que, onde existe vida e morte, a lei de causa e efeito, ou a Lei do lótus, está em ação.
Nenhum fenômeno — seja o céu seja a terra, yin ou yang, o Sol ou a Lua, os cinco planetas, ou quaisquer dos mundos, desde o Inferno até o estado de Buda — está livre das duas fases da vida e da morte. A vida e a morte são simplesmente as duas funções do Myoho-renge-kyo.
Nichiren Daishonin explica que myo (místico) representa a morte, e ho (Lei), a vida. Isso significa que a Lei Mística incorpora as “duas fases da vida e da morte”, ou a vida em sua totalidade. Em outras palavras, a vida e a morte integram e são inerentes à Lei Mística, a lei fundamental do Universo. De fato, ambas constituem seu ritmo inato.
Com base no conceito de origem dependente, o budismo afirma que tudo existe numa relação de interdependência, ou seja, nada existe isoladamente. Os seres vivos, os fenômenos e suas diversas causas e condições, surgem, mudam e desaparecem numa rede de inter-relações infinita. Quando pensamos nisso, o fato de o Universo estar infinitamente interconectado, e a vida e a morte de todos os seres individuais fazerem parte dessa rede interdependente é algo realmente maravilhoso e insondável. Por isso, a lei do Universo se chama “Lei Mística”.
Myo (místico) corresponde à morte e ho (Lei), à vida. Como ho representa os fenômenos manifestos, corresponde à vida manifestada como seres vivos individuais. Myo, por sua vez, significa “místico ou inescrutável” e corresponde à morte. Isso denota que o vasto Universo com o qual todos os seres se fundem quando morrem é difícil de compreender.

A relação entre a Lei Mística e a vida e a morte pode ser comparada a uma onda que surge na superfície do mar e volta a fundir-se com a massa de água oceânica. O oceano corresponde à Lei Mística, e a onda, a uma vida individualizada ou fenômeno. O movimento padrão das ondas que surgem do oceano e a ele retornam, corresponde ao ciclo de nascimento e morte. Deve-se observar, entretanto, que a vida individual, ao morrer, não é tragada pelo oceano da Lei Mística nem desaparece como um observador acredita, que as ondas simplesmente desaparecem quando se reintegram à massa oceânica.
Se considerarmos que no oceano há diversas correntes, invisíveis da superfície, pode-se dizer que a diferença entre a vida e a morte é a mesma que há entre as ondas que surgem na superfície e as correntes que circulam no fundo do oceano. A essência vital de um indivíduo não se extingue com a morte. A vida e a morte são, simplesmente, movimentos ondulantes da Lei Mística. Os movimentos que o mar registra em suas profundezas afloram na superfície como ondas, e então submergem novamente no oceano como correntes invisíveis. Da mesma forma, uma onda de vida que se manifesta na superfície do oceano da Lei Mística, ao morrer funde-se novamente com a massa oceânica e continua com suas ondulações, mesmo não sendo visíveis. Mas quando as condições forem propícias, essa essência de vida surgirá novamente como uma nova onda."
Fonte - Seleção de texto: Doralice e Paulo Bruno, Bloco Lagoa Mar, da BSGI. 17/5/97
Digitação - Paulo Bruno.

2 comentários:

Gabriela disse...

Texto maravilhoso,adorei muito inspirativo

Anônimo disse...

buda fazia sexo não vem que não t5em porra